Isabel – Quero o mundo inteiro, nos braços. Posso?
Miguel – Experimenta pousá-lo no chão. Tenta pisar a realidade. Sente o peso das fragilidades. O medo das perdas. Aquelas que motivam a adesão ao eterno e que justificam uma infelicidade, tantas vezes, egocêntrica.
Mãe do Canto – Quando olho para trás, lembro-me da criança que fui. Da vontade que tive de viver tudo de um só sopro. Sem medos. Agora resta a quietude. A certeza de que o mundo é demasiado pesado para o trazer nos meus próprios braços, e de que a realidade magoa, para que me possa dar ao luxo de a sentir na ponta dos pés.
A Isabel, o Miguel, a Mãe do Canto. Três vozes. Três estórias. Três gerações distintas.
Que moral? A tua.
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