O chão. Eternamente seguro. Terrivelmente confortável. Frio e quente. Onde se cruzam as pegadas de um percurso indefinido.
Perdia-se vezes sem conta. Investia em viagens sem retorno, que já só existiam no mundo dos sonhos fugazes. Aqueles, que se desfazem em mil pedaços, quando encontram solo firme.
«Vem comigo. Anda. Dá-me a tua mão. Deixa-me mostrar-te o caminho certo»
Perdia-se vezes sem conta. Investia em viagens sem retorno, que já só existiam no mundo dos sonhos fugazes. Aqueles, que se desfazem em mil pedaços, quando encontram solo firme.
Temia ser encontrado. Por isso abraçava o próprio corpo, na incongruência de uma força desmedida.
*
«Pediu-me que lhe levasse o medo»
Há anos que preservava a mesma postura. De óculos escuros, Pedro esconde o olhar enigmático que o mundo nunca viu. A voz quente segreda ao ouvido de quem se deixa cercar ao som das estórias. Estórias de gente perdida.
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