sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

À Margem das Emoções - 5ª Parte

A metadona tem um efeito de opióide positivo, uma vez prescrito numa dose adequada, e mantém a pessoa sem necessidade de consumir heroína e capaz de desenvolver a sua vida normalmente. Ainda que numa fase inicial, a pessoa experimente uma sensação de libertação, relativamente a um ciclo diário de consumo, numa fase posterior essa libertação poderá transformar-se numa prisão.
António Costa frisa não ser bom que os utentes tenham que tomar um opióide de substituição: «A metadona é um opióide tal como a heroína. As pessoas que o administram ficam dependentes dele, ainda que sejam capazes de viver a sua vida. Há pessoas que poderão ficar a vida toda a tomar aquilo, outras que tomarão durante um tempo limitado».
A utilização da metadona pode ou não ser necessária, de acordo com o modelo integrado de intervenção de cada doente. A pessoa que decide fazer um tratamento deste género, está integrada noutros recursos terapêuticos, dos quais se destaca a relação com o terapeuta. «É da relação que se passa para a aliança terapêutica e da aliança terapêutica para o projecto terapêutico, que será revisto ao longo do tempo, de acordo com as necessidades do utente», declara António Costa.
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